sexta-feira, 11 de novembro de 2011

DEUS É O SENHOR DA FAMILIA

DEUS É O SENHOR DA FAMÍLIA 

Jacó num momento de muita incerteza e preocupação, em viagem a Padã-Arã, ainda solteiro, Deus a ele se revelou assegurando-lhe a sua bênção. Jacó fez então um solene voto ao Senhor, conforme Gn 28.20-22. Vinte anos ele ficou fora da sua terra. Agora decorridos uns dez anos de seu retorno a Canaã, já casado e com numerosa família, Deus relembra-lhe o cumprimento daquele voto. O tempo, os compromissos e as atividades podem fazer uma família esquecer ou retardar seus deveres para com Deus o seu Criador, mas Ele nada esquece.
1. Crises na família. "Depois disse Deus a Jacó (v.1). O "depois" refere-se à crise do cap.34 que quase destruiu toda família de Jacó. O desejo da justiça dos seus filhos era natural, mas o modo como agiram foi demais pecaminoso. Ver também
Gn 49. 5-7. Há poucos anos antes, Jacó tivera uma profunda experiência com Deus, no vale de Jaboque, que mudou todo seu viver, mas sua família pouco mudou. Deus quer a família inteira renovada espiritualmente.
"Disse Deus a Jacó." É ao chefe da família a quem Deus procura, juntamente com sua esposa, é evidente. Na tentação no Éden, Eva pecou primeiro, mas Deus ao julgar os dois chamou primeiro Adão, mas não isentou Eva. É que na família que Deus instituiu, o marido é a cabeça (
Ef 5.23). O marido cristão como líder da família precisa andar com Deus e só assim ele pode ser exemplo para ela.
2. A solução da família está em Deus. "Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali" (v.1). "Betel" significa casa de Deus. Jacó ainda solteiro, em viagem para Harã passou uma noite ao relento em Betel e a pedra que lhe serviu de travesseiro ele a ergueu por coluna de Deus, por sua revelação naquele santo lugar (
Gn 28.18-22). Essa coluna Jacó levantou e ungiu por sua iniciativa. Betel já fora também um local sagrado para o fiel Abraão, seu avô, que ali erigiu um altar ao Senhor (Gn 12.8; 13.3).
a) A ordem de Deus era "subir". Jacó precisava de renovação urgente. Quando Deus nos ordena algo, mesmo que pareça uma descida, mas resultará em subida espiritual. Porque Deus nos ama, Ele sempre nos adverte de um modo ou de outro sobre nossos deveres negligenciados, pessoais e domésticos. Quanto a esse deveres, a começar dos espirituais, estamos subindo, descendo ou parados, segundo os padrões bíblicos?
b) A ordem de Deus era Betel. "Sobe a Betel" (v.1). É esta a prioridade de toda a família cristã. Podemos ir a muitos lugares apropriados e convenientes, mas a prioridade é a da casa de Deus; do culto ao Senhor; do encontro com Deus. Betel é o lugar da comunhão com Deus. Betel era o lugar onde Jacó teve sua primeira revelação de Deus, mas ele (Jacó) continuou apenas como um religioso que professa o nome de Deus mas não se rende integralmente a Ele.
Ele chegara a Betel a primeira vez devido a problemas de família criados por ele mesmo. Agora ele volta a Betel por ordem do Senhor e já com o seu nome mudado para Israel (
Gn 32.27,28; 35.10).
Deus quer que cada crente, pelo poder do Espírito Santo seja aqui transformado de glória em glória à imagem de Cristo (
2 Co 3.18).
c) A ordem de Deus era para ele habitar. "E habita ali" (v.1). Isso importa em duas coisas. (1) Deus não disse "visitar Betel", mas habitar, permanecer, demorar ali. Há muitos "alis" importantes para o crente na Escritura, mas o de Betel destaca-se entre os demais. É a importância da Igreja, como povo e como santuário de Deus para a família. Não são idas periódicas e irregulares da família à casa de Deus, mas estar lá sempre, regularmente. Quem apenas "visita" a igreja é muito diferente de quem "habita" ali. Quem habita, cuida, zela, defende, conhece; ao passo que, quem apenas visita e faz casualmente sem qualquer responsabilidade. O crente "visitante" da casa de Deus só quer receber e não dar; é o inverso do "habitante". (2) Outra coisa implícita nesta ordem de Deus é o seu propósito de abençoar a família inteira. Deus não queria Jacó sozinho habitando em Betel, ausente da esposa e filhos e netos e etc. Ver o versículo 3. Deus quer toda a família dentro do seu reino, mas também quer este reino dentro de cada um dos familiares. O culto doméstico, isto é, a família reunida em casa para cultuar a Deus está bem evidente na presente lição. "Bem aventurado os que habitam a tua casa" (
Sl 84.4).
d) A ordem de Deus inclui um altar. "Faze ali altar ao Deus que te apareceu" (v.1). Esse altar de Jacó (é também o teu e o meu) não pode ser adquirido, emprestado, transferido, transplantado, mas erigido por nós próprios.
É o altar da renovação espiritual do crente. (O altar era então um tipo visível da presença do Deus invisível em nós.) No Antigo Testamento o altar era o caminho do acesso a Deus. Era o primeiro objeto que o pecador encontrava à entrada da casa de Deus. O caminho para o Lugar Santíssimo onde fulgurava a glória divina começava no altar. Era aqui o lugar do encontro do pecador com Deus. Nosso Salvador Jesus é tanto o caminho para Deus, quanto o nosso supremo altar (
Jo 14.6; Hb 13.10).
Num passado distante, Jacó ainda carnal e "suplantador", levantou uma "coluna" a Deus em Betel (
Gn 28.18,22).
Isso era mais um marco comemorativo da revelação que Deus lhe dera ali. Agora tratava-se de um altar em conjunto com toda sua família e serviçais. Era agora um marco de adoração e entrega a Deus.
Mas tarde Jacó levantou um altar a Deus em local impróprio, como hoje muitos ainda fazem (
Gn 33.19,20).
Agora Deus mesmo indica o local: Betel. Famílias há que mantêm um altar espiritual, mas impróprio e inaceitável a Deus, por ser um altar misto, antibíblico e só de aparência e de tradição religiosa como o dos separatistas de Israel (
Is 22.10).

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