I. EDUCAÇÃO, A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS
1. O que significa educar? Educar
não significa apenas transmitir o legado cultural às novas gerações,
mas também ajudar o aluno a aprender o aprender, despertar vocações,
proporcionar condições para que cada um alcance o máximo de sua
potencialidade e, finalmente, permitir que cada um conheça suas
finalidades e tenha competências para mobilizar meios para
concretizá-las, chega-se ao sentido estrutural da questão: o que
significa educar. Em síntese: aprender a conhecer, fazer, viver juntos e
aprender a ser[http://iseibfile.blogspot.com.br/2008/12/o-que-significa-educar.html].
Qual professor, ou mesmo pai, já teve a curiosidade de saber qual é o
verdadeiro significado da palavra educar? E se essa é uma tarefa da
família ou da escola? Para a maioria das pessoas “educar” é uma
obrigação exclusiva das escolas e de seus respectivos profissionais, se
esquecendo que Educar é uma função de todos, tanto dos pais quanto dos
educadores. O conceito de educar vai muito além do ato de transmitir
conhecimento, educar é estimular o raciocínio, é aprimorar o senso
crítico, as faculdades intelectuais, físicas e morais.
2. Educação Cristã. Quanto
à educação cristã, há uma certa complexidade semântica que beira à
confusão. Há descrições que afirmam que educação cristã é sinônima de
discipulado, outros identificam a educação cristã com a instrução
teológica ministrada no contexto da igreja local e há ainda aqueles que
discorrem sobre este processo educacional como educação eclesiástica,
limitada ao âmbito da escola Dominica. Por último, existem os que
possuem uma perspectiva mais abrangente da educação cristã e a
relacionam com o compartilhamento de valores necessários para o
desenvolvimento do ser humano em todas as áreas de sua existência. A
educação cristã vai muito além da estrutura física, currículo e
materiais didáticos. A educação cristã consiste em construir o
conhecimento, levando os aprendizes a serem ativos participantes no
processo educacional, ao invés de meros ouvintes passivos. O ensino é
muito mais do que apenas depositar conhecimento no cérebro do aluno,
levando a memorizar dados – Paulo Freire chama esta prática de modo
pejorativo: educação bancária[http://www.comunhao.org.br/ensino/educacao-crista.html].
3. A educação nas escolas. A
educação oficial, ministrada na rede de ensino pública ou particular, é
totalmente influenciada pelo materialismo e pelo ateísmo. Os currículos
que reúnem os conteúdos programáticos a serem transmitidos nas salas de
aula são fundamentados nas filosofias e pseudociências materialistas.
Tudo começa com a explicação sobre a origem da matéria, da vida, do
homem, da inteligência, e de todas as coisas que existem no universo. Os
professores de ciência ensinam, como sendo a última palavra, que a vida
surgiu “por acaso”, de uma mistura, “ao acaso”, de substâncias
químicas, que se reuniram “ao acaso”, e, dali, surgiu a vida, “ao
acaso”, durante “milhões” de anos. Os alunos, crianças, ou adolescentes,
de olhos arregalados, ficam hipnotizados pelas explicações, ilustradas
com quadros, nos livros-texto, nos quadros de giz, ou, de modo mais
sofisticado, nas telas, com projeções através de “datas-show”, ou
projetores de multimídia. E “o mestre”, com ar de absoluta convicção,
explica que a origem da vida, dos animais e do homem, foi fruto da
evolução, que dispensa totalmente a existência de um Deus pessoal,
inteligente, e soberano, como ensinam as religiões, e, principalmente,
como ensina o cristianismo. Figuras de macaco, evoluindo, da posição de
quatro pés, ficando atarracado, até ficar ereto, até chegar a ser homem
são mostradas como sendo realmente o que ocorreu. Na verdade, nada disso
é verdade, mas é passado e repassado como ciência. Professores
materialistas têm grande influência sobre a mente dos alunos,
principalmente porque, em casa, a grande maioria não tem qualquer
preparo ou fundamento bíblico ou filosófico para enfrentar a “onda”
materialista, que avança sobre a educação e a cultura, nas escolas.
Muitos desses professores ou professoras são homossexuais, e fazem
questão de, aproveitando-se de sua posição, diante dos alunos, propagar o
seu estilo de vida anticristão, anti-Deus e contra a Bíblia Sagrada, a
Lei de Deus [LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 98-100].
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Educar é proporcionar uma formação completa ao educando: espiritual, moral e social.
II. A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO
1. No Antigo Testamento. No
Antigo Testamento, os pais viviam sob a Teocracia, ou sob o governo de
Deus sobre o povo. Todas as normas ou doutrinas, de caráter espiritual,
moral, social, educacional ou familiar, emanavam da Lei de Deus. Os pais
não tinham grandes desafios no relacionamento com os filhos, pois os
mesmos, desde o berço, eram criados segundo os mandamentos, os juízos e
os estatutos de Deus (Dt 5.31). Dentro da economia judaica, a educação
era, essencialmente, um produto do lar, envolvendo o aprendizado da
religião, de alguma profissão e estava usualmente associada à atividades
agrícolas. Os filhos dos judeus aprendiam e absorviam o shema, ou o
credo, que resumia o princípio fundamental de sua fé: “Ouve, Israel, o
Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus,
de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder” (Dt
6.4,5). Esse ensino fazia parte do dia a dia das crianças judaicas. Uma
grande lição para a educação cristã nos dias presentes (Dt 11.18-21).
Aos 12 anos, os meninos passavam pela cerimônia do “Bar Mitzvah”, quando
já deveriam saber de cor os pontos mais importantes da lei. A sinagoga
era templo e era escola também. Segundo Halph Gower, “Era
responsabilidade da mãe educar tanto os filhos como as filhas durante os
três primeiros anos (provavelmente até o desmame). Ela ensinava às
filhas os deveres domésticos durante toda a infância delas. A partir dos
três anos de idade, os meninos aprendiam a lei com o pai, e os pais
também ficavam responsáveis por ensinar um ofício aos filhos. Um rabino
disse certa vez: ‘O pai que não ensina ao filho um ofício útil está
educando-o para ser ladrão” [LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 94-93.].
Quando surgiram as artes e ofícios, esses eram ensinados mediante o
aprendizado. Quando surgiram as escolas, as sinagogas tomaram-se o
centro da erudição[http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/p/8-licao-2-tri-2013_457.html].
O moderno vocábulo hebraico para «treinar» deriva-se do mandamento que
aparece em Provérbios 22:6 e que nossa versão portuguesa traduz por:
«Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho
não se desviará dele». Outros termos relacionados à educação são
aqueles que denotam as ideias de instrução e aprendizagem. Todos os bons
processos de educação dispõem do Compêndios adequados. No tocante ao
processo da educação espiritual, o texto principal é a Bíblia, havendo
outras obras que suplementam o conhecimento adquirido através da Bíblia,
que fornecem instrução quanto a todas as variedades de conhecimento que
podem ter alguma aplicação espiritual. Mestres são providos para ajudar
no processo, a fim de proverem o exemplo e as instruções adequados.
Esses professores são descritos como sábios (Pv 13.14 e 15.7). Seus
alunos eram chamados, antigamente, de “filhos” (Pv 2.1), porquanto a
educação processa-se melhor quando os princípios espirituais da família
divina estão sendo ensinados e seguidos.
2. No Novo Testamento. No
Novo Testamento encontramos menção aos rabinos (professores) e aos
mestres (professores). No grego, esta última palavra é didáskalos, termo
usado por cerca de cinquenta vezes nos evangelhos, mas aplicado de modo
supremo a Jesus. Ele ensinava às multidões (Mc 2.13), nas sinagogas
(1.21), ou então, particularmente, aos seus discípulos (Mt 5.1,2). Os
discípulos (aprendizes) foram mencionados por mais de duzentas vezes nos
evangelhos. Ele lhes ensinava doutrina (no grego, didache). Parte da
Grande Comissão era o ministério do ensino, conforme se vê em Mt
28.19,20.
3. Na atualidade. Uma
vez que a Igreja deixou de ser perseguida, após a conversão de
Constantino ao cristianismo, a Igreja começou a ser a mestra do estado.
Sucedeu, pois que na Idade Média, a educação tornou-se essencialmente
uma função da Igreja. Após cerca de mil anos em que essa condição
prevaleceu, o secularismo e o nacionalismo debilitaram o poder da
Igreja. A renascença e a Reforma protestante deram prosseguimento a esse
processo, época em que o estado começou a recuperar o poder que havia
perdido quando da queda do império romano do Ocidente, e, uma vez mais,
tomou-se uma entidade educadora, independente da Igreja [CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 275].
Na igreja cristã, há um espaço especial para a Educação Cristã. Esta é o
processo de ensino-aprendizagem proporcionado por Deus, através de sua
Palavra, pelo poder do Espírito Santo, transmitindo valores e princípios
divinos. E diferente da educação secular, que só transmite instruções e
conhecimentos, deixando de lado os valores éticos, morais e
espirituais. Por isso, a base da Educação Cristã é a Bíblia Sagrada [LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 93].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
No
Antigo Testamento os israelitas priorizavam a educação dos filhos em
casa. Em o Novo Testamento, as sinagogas eram os centros de instrução
para os meninos aprenderem a lei.
III. A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA
1. Os filhos são herança do Senhor. No
salmo 127.3, os filhos são chamados de “herança do Senhor”, isso
significa que os filhos pertencem a Deus, eles são nossos somente num
sentido secundário. Deus dá filhos aos pais assim como um homem confia a
sua fortuna aos seus herdeiros. Ao nos tornarmos pais, recebemos um
prêmio, uma recompensa do Senhor, pois passamos a ser participantes da
criação, ou seja, apesar de nossas faltas, de nossas fraquezas, Deus nos
dá o privilégio de podermos ser atores no processo da criação. Eles
precisam ser bem cuidados, pois, além de ser uma bênção do Senhor (e
toda bênção do Senhor deve ser preservada e zelosamente tratada pelo
abençoado), são uma responsabilidade que Deus põe em nossas mãos e da
qual deveremos prestar contas.
2. O ensino da Palavra de Deus no lar. “Vós,
pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo” (Cl
3.21). É obrigação solene dos pais (gr. pateres) dar aos filhos a
instrução e a disciplina condizente com a formação cristã. Os pais devem
ser exemplos de vida e conduta cristãs, e se importar mais com a
salvação dos filhos do que com seu emprego, profissão, trabalho na
igreja ou posição social (cf. Sl 127.3). Segundo a palavra de Paulo em
Ef 6.4 e Cl 3.21, bem como as instruções de Deus em muitos trechos do
Antigo Testamento (ver Gn 18.19; Dt 6.7; Sl 78.5; Pv 4.1-4; 6.20), é
responsabilidade dos pais dar aos filhos criação que os prepare para uma
vida do agrado do Senhor. É a família, e não a igreja ou a Escola
Dominical, que tem a principal responsabilidade do ensino bíblico e
espiritual dos filhos. A igreja e a Escola Dominical apenas ajudam os
pais no ensino dos filhos. A essência da educação cristã dos filhos
consiste nisto: o pai voltar-se para o coração dos filhos, a fim de
levar o coração dos filhos ao coração do Salvador (ver Lc 1.17).
3. Leve seus filhos à igreja. Em
Efésios 6.1-3 Paulo não diz aos pais para admoestarem os filhos; ele
mesmo o faz. Os filhos estavam presentes na congregação quando essa
carta foi lida. Será que entenderam o que Paulo escreveu? Será que nós
entendemos? A família toda participava do culto e, sem dúvida, os pais
explicavam a Palavra aos filhos quando estavam em casa. O apóstolo
apresenta quatro motivos para os filhos obedecerem aos pais. Deus
instituiu uma ordem natural que mostra claramente quando um ato é
correto. Uma vez que foram os pais que colocaram o filho no mundo, e uma
vez que eles têm mais conhecimento e sabedoria do que o filho, é
correto o filho obedecer aos pais. Até mesmo os filhotes dos animais são
ensinados a obedecer. A "versão moderna" de Efésios 6.1 seria: "pais,
obedeçam a seus filhos, pois isso os manterá satisfeitos e trará paz a
seu lar". Mas isso é contrário à ordem natural instituída por Deus! A
obediência é ordenada (v. 2a). Aqui, Paulo cita o quinto mandamento (Êx
20.12; Dt 5.16) e o aplica ao cristão do Novo Testamento. A Educação
Cristã começa no lar e é fortalecida na Igreja, notadamente na Escola
Dominical, é imprescindível que a família se envolva, como um todo,
neste mister.
I. EDUCAÇÃO, A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS
1. O que significa educar? Educar
não significa apenas transmitir o legado cultural às novas gerações,
mas também ajudar o aluno a aprender o aprender, despertar vocações,
proporcionar condições para que cada um alcance o máximo de sua
potencialidade e, finalmente, permitir que cada um conheça suas
finalidades e tenha competências para mobilizar meios para
concretizá-las, chega-se ao sentido estrutural da questão: o que
significa educar. Em síntese: aprender a conhecer, fazer, viver juntos e
aprender a ser[http://iseibfile.blogspot.com.br/2008/12/o-que-significa-educar.html].
Qual professor, ou mesmo pai, já teve a curiosidade de saber qual é o
verdadeiro significado da palavra educar? E se essa é uma tarefa da
família ou da escola? Para a maioria das pessoas “educar” é uma
obrigação exclusiva das escolas e de seus respectivos profissionais, se
esquecendo que Educar é uma função de todos, tanto dos pais quanto dos
educadores. O conceito de educar vai muito além do ato de transmitir
conhecimento, educar é estimular o raciocínio, é aprimorar o senso
crítico, as faculdades intelectuais, físicas e morais.
2. Educação Cristã. Quanto
à educação cristã, há uma certa complexidade semântica que beira à
confusão. Há descrições que afirmam que educação cristã é sinônima de
discipulado, outros identificam a educação cristã com a instrução
teológica ministrada no contexto da igreja local e há ainda aqueles que
discorrem sobre este processo educacional como educação eclesiástica,
limitada ao âmbito da escola Dominica. Por último, existem os que
possuem uma perspectiva mais abrangente da educação cristã e a
relacionam com o compartilhamento de valores necessários para o
desenvolvimento do ser humano em todas as áreas de sua existência. A
educação cristã vai muito além da estrutura física, currículo e
materiais didáticos. A educação cristã consiste em construir o
conhecimento, levando os aprendizes a serem ativos participantes no
processo educacional, ao invés de meros ouvintes passivos. O ensino é
muito mais do que apenas depositar conhecimento no cérebro do aluno,
levando a memorizar dados – Paulo Freire chama esta prática de modo
pejorativo: educação bancária[http://www.comunhao.org.br/ensino/educacao-crista.html].
3. A educação nas escolas. A
educação oficial, ministrada na rede de ensino pública ou particular, é
totalmente influenciada pelo materialismo e pelo ateísmo. Os currículos
que reúnem os conteúdos programáticos a serem transmitidos nas salas de
aula são fundamentados nas filosofias e pseudociências materialistas.
Tudo começa com a explicação sobre a origem da matéria, da vida, do
homem, da inteligência, e de todas as coisas que existem no universo. Os
professores de ciência ensinam, como sendo a última palavra, que a vida
surgiu “por acaso”, de uma mistura, “ao acaso”, de substâncias
químicas, que se reuniram “ao acaso”, e, dali, surgiu a vida, “ao
acaso”, durante “milhões” de anos. Os alunos, crianças, ou adolescentes,
de olhos arregalados, ficam hipnotizados pelas explicações, ilustradas
com quadros, nos livros-texto, nos quadros de giz, ou, de modo mais
sofisticado, nas telas, com projeções através de “datas-show”, ou
projetores de multimídia. E “o mestre”, com ar de absoluta convicção,
explica que a origem da vida, dos animais e do homem, foi fruto da
evolução, que dispensa totalmente a existência de um Deus pessoal,
inteligente, e soberano, como ensinam as religiões, e, principalmente,
como ensina o cristianismo. Figuras de macaco, evoluindo, da posição de
quatro pés, ficando atarracado, até ficar ereto, até chegar a ser homem
são mostradas como sendo realmente o que ocorreu. Na verdade, nada disso
é verdade, mas é passado e repassado como ciência. Professores
materialistas têm grande influência sobre a mente dos alunos,
principalmente porque, em casa, a grande maioria não tem qualquer
preparo ou fundamento bíblico ou filosófico para enfrentar a “onda”
materialista, que avança sobre a educação e a cultura, nas escolas.
Muitos desses professores ou professoras são homossexuais, e fazem
questão de, aproveitando-se de sua posição, diante dos alunos, propagar o
seu estilo de vida anticristão, anti-Deus e contra a Bíblia Sagrada, a
Lei de Deus [LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 98-100].
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Educar é proporcionar uma formação completa ao educando: espiritual, moral e social.
II. A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO
1. No Antigo Testamento. No
Antigo Testamento, os pais viviam sob a Teocracia, ou sob o governo de
Deus sobre o povo. Todas as normas ou doutrinas, de caráter espiritual,
moral, social, educacional ou familiar, emanavam da Lei de Deus. Os pais
não tinham grandes desafios no relacionamento com os filhos, pois os
mesmos, desde o berço, eram criados segundo os mandamentos, os juízos e
os estatutos de Deus (Dt 5.31). Dentro da economia judaica, a educação
era, essencialmente, um produto do lar, envolvendo o aprendizado da
religião, de alguma profissão e estava usualmente associada à atividades
agrícolas. Os filhos dos judeus aprendiam e absorviam o shema, ou o
credo, que resumia o princípio fundamental de sua fé: “Ouve, Israel, o
Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus,
de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder” (Dt
6.4,5). Esse ensino fazia parte do dia a dia das crianças judaicas. Uma
grande lição para a educação cristã nos dias presentes (Dt 11.18-21).
Aos 12 anos, os meninos passavam pela cerimônia do “Bar Mitzvah”, quando
já deveriam saber de cor os pontos mais importantes da lei. A sinagoga
era templo e era escola também. Segundo Halph Gower, “Era
responsabilidade da mãe educar tanto os filhos como as filhas durante os
três primeiros anos (provavelmente até o desmame). Ela ensinava às
filhas os deveres domésticos durante toda a infância delas. A partir dos
três anos de idade, os meninos aprendiam a lei com o pai, e os pais
também ficavam responsáveis por ensinar um ofício aos filhos. Um rabino
disse certa vez: ‘O pai que não ensina ao filho um ofício útil está
educando-o para ser ladrão” [LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 94-93.].
Quando surgiram as artes e ofícios, esses eram ensinados mediante o
aprendizado. Quando surgiram as escolas, as sinagogas tomaram-se o
centro da erudição[http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/p/8-licao-2-tri-2013_457.html].
O moderno vocábulo hebraico para «treinar» deriva-se do mandamento que
aparece em Provérbios 22:6 e que nossa versão portuguesa traduz por:
«Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho
não se desviará dele». Outros termos relacionados à educação são
aqueles que denotam as ideias de instrução e aprendizagem. Todos os bons
processos de educação dispõem do Compêndios adequados. No tocante ao
processo da educação espiritual, o texto principal é a Bíblia, havendo
outras obras que suplementam o conhecimento adquirido através da Bíblia,
que fornecem instrução quanto a todas as variedades de conhecimento que
podem ter alguma aplicação espiritual. Mestres são providos para ajudar
no processo, a fim de proverem o exemplo e as instruções adequados.
Esses professores são descritos como sábios (Pv 13.14 e 15.7). Seus
alunos eram chamados, antigamente, de “filhos” (Pv 2.1), porquanto a
educação processa-se melhor quando os princípios espirituais da família
divina estão sendo ensinados e seguidos.
2. No Novo Testamento. No
Novo Testamento encontramos menção aos rabinos (professores) e aos
mestres (professores). No grego, esta última palavra é didáskalos, termo
usado por cerca de cinquenta vezes nos evangelhos, mas aplicado de modo
supremo a Jesus. Ele ensinava às multidões (Mc 2.13), nas sinagogas
(1.21), ou então, particularmente, aos seus discípulos (Mt 5.1,2). Os
discípulos (aprendizes) foram mencionados por mais de duzentas vezes nos
evangelhos. Ele lhes ensinava doutrina (no grego, didache). Parte da
Grande Comissão era o ministério do ensino, conforme se vê em Mt
28.19,20.
3. Na atualidade. Uma
vez que a Igreja deixou de ser perseguida, após a conversão de
Constantino ao cristianismo, a Igreja começou a ser a mestra do estado.
Sucedeu, pois que na Idade Média, a educação tornou-se essencialmente
uma função da Igreja. Após cerca de mil anos em que essa condição
prevaleceu, o secularismo e o nacionalismo debilitaram o poder da
Igreja. A renascença e a Reforma protestante deram prosseguimento a esse
processo, época em que o estado começou a recuperar o poder que havia
perdido quando da queda do império romano do Ocidente, e, uma vez mais,
tomou-se uma entidade educadora, independente da Igreja [CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 275].
Na igreja cristã, há um espaço especial para a Educação Cristã. Esta é o
processo de ensino-aprendizagem proporcionado por Deus, através de sua
Palavra, pelo poder do Espírito Santo, transmitindo valores e princípios
divinos. E diferente da educação secular, que só transmite instruções e
conhecimentos, deixando de lado os valores éticos, morais e
espirituais. Por isso, a base da Educação Cristã é a Bíblia Sagrada [LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 93].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
No
Antigo Testamento os israelitas priorizavam a educação dos filhos em
casa. Em o Novo Testamento, as sinagogas eram os centros de instrução
para os meninos aprenderem a lei.
III. A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA
1. Os filhos são herança do Senhor. No
salmo 127.3, os filhos são chamados de “herança do Senhor”, isso
significa que os filhos pertencem a Deus, eles são nossos somente num
sentido secundário. Deus dá filhos aos pais assim como um homem confia a
sua fortuna aos seus herdeiros. Ao nos tornarmos pais, recebemos um
prêmio, uma recompensa do Senhor, pois passamos a ser participantes da
criação, ou seja, apesar de nossas faltas, de nossas fraquezas, Deus nos
dá o privilégio de podermos ser atores no processo da criação. Eles
precisam ser bem cuidados, pois, além de ser uma bênção do Senhor (e
toda bênção do Senhor deve ser preservada e zelosamente tratada pelo
abençoado), são uma responsabilidade que Deus põe em nossas mãos e da
qual deveremos prestar contas.
2. O ensino da Palavra de Deus no lar. “Vós,
pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo” (Cl
3.21). É obrigação solene dos pais (gr. pateres) dar aos filhos a
instrução e a disciplina condizente com a formação cristã. Os pais devem
ser exemplos de vida e conduta cristãs, e se importar mais com a
salvação dos filhos do que com seu emprego, profissão, trabalho na
igreja ou posição social (cf. Sl 127.3). Segundo a palavra de Paulo em
Ef 6.4 e Cl 3.21, bem como as instruções de Deus em muitos trechos do
Antigo Testamento (ver Gn 18.19; Dt 6.7; Sl 78.5; Pv 4.1-4; 6.20), é
responsabilidade dos pais dar aos filhos criação que os prepare para uma
vida do agrado do Senhor. É a família, e não a igreja ou a Escola
Dominical, que tem a principal responsabilidade do ensino bíblico e
espiritual dos filhos. A igreja e a Escola Dominical apenas ajudam os
pais no ensino dos filhos. A essência da educação cristã dos filhos
consiste nisto: o pai voltar-se para o coração dos filhos, a fim de
levar o coração dos filhos ao coração do Salvador (ver Lc 1.17).
3. Leve seus filhos à igreja. Em
Efésios 6.1-3 Paulo não diz aos pais para admoestarem os filhos; ele
mesmo o faz. Os filhos estavam presentes na congregação quando essa
carta foi lida. Será que entenderam o que Paulo escreveu? Será que nós
entendemos? A família toda participava do culto e, sem dúvida, os pais
explicavam a Palavra aos filhos quando estavam em casa. O apóstolo
apresenta quatro motivos para os filhos obedecerem aos pais. Deus
instituiu uma ordem natural que mostra claramente quando um ato é
correto. Uma vez que foram os pais que colocaram o filho no mundo, e uma
vez que eles têm mais conhecimento e sabedoria do que o filho, é
correto o filho obedecer aos pais. Até mesmo os filhotes dos animais são
ensinados a obedecer. A "versão moderna" de Efésios 6.1 seria: "pais,
obedeçam a seus filhos, pois isso os manterá satisfeitos e trará paz a
seu lar". Mas isso é contrário à ordem natural instituída por Deus! A
obediência é ordenada (v. 2a). Aqui, Paulo cita o quinto mandamento (Êx
20.12; Dt 5.16) e o aplica ao cristão do Novo Testamento. A Educação
Cristã começa no lar e é fortalecida na Igreja, notadamente na Escola
Dominical, é imprescindível que a família se envolva, como um todo,
neste mister.
0 comentários:
Postar um comentário
Todo comentário deve seguir os critérios: estar relacionado ao assunto, ter identificação do comentarista e mesmo assim passa pelo nosso crivo daí decidiremos se devem ser publicados ou não.